quinta-feira, 12 de março de 2009

Apenas externizando ...

Hoje, juro que fiz questão de vir aqui p escrever. As coisas mais especiais que tenho vivido - talvez - devem ser as mais idiotas que alguém possa ler e entender. Mas, pra mim, basta que uma só pessoa me entenda, pelos motivos mais simples e acidentais e que esta mesma pessoa - que devo ver duas vezes por ano - se emocione pelos meus reais sentimentos, apenas. E que me dê um abraço, verdadeiramente, sincero, achando o "máximo", pelo simples fato de eu dar atenção a ela (como se eu fosse alguém diferenciado, especial, maior, melhor e superior a ela...). E mal sabe alguém que tal sentimento do outro me mata de dor e de culpa (apesar de também saber que, diretamente, não tenho culpa alguma pela desigualdade do mundo)...

Enfim, só Deus (e ele) sabem o quanto eu estou cansada; e pra quem não acredita, estou trabalhando neste exato momento e são, exatamente, 5 e 25 da manhã... olho pra janela, vejo o dia amanhecendo e fico pensando... mas, pensando em quê? em tudo e em nada, que é o que em que resumo minha vida hoje. Um nada, cheio de vazio, cheio tal que, pelo menos, preenche a vida de muitos, nos meus poucos momentos de descanso. Se é então pra ser assim, que seja. Que meu vazio e o meu cansaço encham a vida de outrem de felicidade, de regozijo, de alívio. Porque não me importo mais com o que o meu coração sente. Este já não tem mais vida própria; vive a vida de outras pessoas; e, de certa forma, este mesmo coração reconfortante e resignado se conforma com todo e qualquer conforto... Algo que nunca imaginei que sentiria...